Era uma vez vários conceitos de pequenos cenários de fantasia medieval para RPG. Um dia eu resolvi juntar todos em um mundo só. Era o mundo de Den-Rex. Haveria continentes isolados magicamente pelos deuses, o que de certo modo justificaria culturas, habilidades e espécies tão diferentes pelo mundo. Os mundos principais seriam dois continentes irmãos que coexistem em planos diferentes, mais ou menos como Ávalon. A ideia não progrediu e ficou na gaveta.
Quando escrevi a trilogia Escarlate, não a posicionei em nenhum mundo em particular e terminei construindo um novo mundo em torno da história. Assim nascia Klavorini e trazia da ideia anterior o conceito de continente gêmeo, um mundo paralelo quase inacessível. A criação do mundo e dos deuses foi pensada justificando também essa organização. Nascia o cenário Canção dos Reinos.
Com a ideia de escrever as aventuras da Sharon e seu grupo, que ocorriam inicialmente no mundo do Senhor dos Anéis, veio a solução de transformar o mundo gêmeo de Klavorini em um mundo adequado a esse intento. Mais uma vez o mundo se molda às necessidades da história. Nascia a dimensão alternativa de Canção dos Reinos. Além de Klavorini, havia agora Galdentur.
Trabalhando na terceira revisão do cenário, comecei a amadurecer e concretizar uma ideia: ao invés de pensar em Ávalon X Ilha dos Padres, por que não pensar nos mundos da mitologia nórdica? Como muitas coisas neste cenário fazem referência à música, por que não ao invés de 2, serem 7 dimensões? assim nascia o mundo de Dim-Rex, a nova leitura do antigo Den-Rex, mas construído sobre a estrutura que está sendo pouco a pouco lapidada.
Segue um resumo da ideia:
- Fraugast é a primeira novidade. Uma dimensão dos espíritos, onde se pode acessar via magia temporariamente ou, permanentemente, ao morrer em certos lugares e condições.
- Klavorini continua sendo a única dimensão visível diretamente para quem chega a esse mundo ou planeta. De Klavorini, pode-se acessar Fraugast por magia, de forma precária e tênue. Não dá pra fazer ponte de Fraugast para outra dimensão. E daqui também se acessa, via um “portal impossível”, Galdentur.
- Galdentur é uma central de portais escondidos. Não há como entrar ou sair de Galdentur sem ser via portais. Até mesmo o acesso a Fraugast é complexo. Esse grau de bloqueio também afeta magias. Magias de teleporte e similares continuam não funcionando por aqui. Os portais ficam escondidos e espalhados.
- Oclatur, Uromur e Vijostur – esta tríade de dimensões transita entre si e para Fraugast (via magias). São três dimensões elementais: Oclatur do ar, Uromur da água e Vijostur da terra e fogo, do magma.
- Leirrex – agora os deuses tem uma dimensão só para chamar de sua. A única forma de chegar lá é via um portal em Galdentur. Toda essa estrutura de dimensões foi um labirinto criado pelos próprios deuses para sua própria proteção.
E é isso. As novas dimensões foram criadas e não haverá ainda quase nada sobre elas na próxima versão do cenário, mas esta é uma das grandes novidades e que dá espaço para ainda mais histórias emocionantes, escritas ou vividas em mesa de jogo!
