Depois que Elon Musk comprou o Twitter, começou um processo de debandada para outros serviços concorrentes. Não sem motivo. O novo dono tem um discurso de liberdade de expressão que confunde o conceito com liberdade com o direito de ofender, ser preconceituoso e mentir à vontade. Pelo menos é a impressão que dá em todos os seus pronunciamentos. Outro motivo é sua gestão desastrosa, demitindo gente e colocando ideias problemáticas em prática.
Isso tudo não vem tanto ao caso. Basta fuçar por aí que você encontra mais informações relacionadas ao Twitter by EM. O ponto é que muitos estão saindo.
Um grande concorrente inicial, que cresceu bastante em base de usuários, foi a rede Mastodon. Um “twitter software livre” federado e com várias instâncias por aí onde se criar uma conta. Para quem não está por dentro do assunto, uma breve tradução:
- Software Livre – programa que dá direito de uso, estudo, adaptação e compartilhamento aos seus usuários. No caso do Mastodon, ele roda em um servidor e você acessa via interface web, do mesmo jeito que o Twitter. Diferente do Twitter, você se tiver um servidor à disposição poderá configurar sua própria instalação de Mastodon.
- Rede federada – um conceito brilhante para redes sociais construídas com software livre. Significa que cada instalação compatível pode interagir com outra. No caso do Mastodon especificamente, se você instalar seu próprio servidor Mastodon, não ficará restrito a conversar com quem crie conta nele. Você pode seguir, ser seguido e conversar com todos os usuários de Mastodon de outros servidores também! E de servidores com outros softwares rodando que implementem os mesmos protocolos.
- Instância – é como se chama uma instalação do software, oferecendo o serviço a seus usuários. Cada servidor rodando Mastodon é chamado de uma instância.
Continuando… Uma das vantagens do Mastodon é que as instâncias podem definir suas próprias regras, coibindo comportamentos julgados inadequados. Assim sendo, algumas instâncias se tornam ambientes bem saudáveis, longe das guerras que o Twitter carrega. Sem contar que há a funcionalidade de alerta de conteúdo (CW), que esconde a postagem à primeira vista. Um toot (é assim que chamam os “tweets do mastodon”) com CW terá uma descrição breve (“covid-19”, por exemplo) e um botão de “Mostrar mais”.
Várias instâncias novas do Mastodon também nasceram, inclusive algumas brasileiras (além das que já havia).
Bom, alegando complexidade no Mastodon, um grupo começou a procurar outra alternativa e foi assim que encontraram uma rede chamada Koo. A tendência é que parte do pessoal mais alinhado com extrema direita vá para lá.
Enfim, se você não conhece e quer conhecer o Mastodon, essas são as instâncias conhecidas até o momento (banner do Guto Carvalho, responsável pela instância bolha.us):
Brando Saga
Iniciei um experimento: a escrita de uma história em microblog. O gênero já existe, mas ainda não vi nem tentei anteriormente. Brando Saga é uma história curta ambientada em Animalia e você pode acompanhá-la a partir do meu Mastodon: @cordeis@masto.donte.com.br.
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