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Cordel do Ano 2018

Este é um pequeno cordel retrospectivo para o ano 2018. Espero que apreciem:

Vamos falar dessa vez
 Daquilo que aconteceu
 Ano 2018
 Do que a gente conheceu
 O que eu agrupo e aprumo
 Em um pequeno resumo
 Vê se algo você perdeu

No ano da eleição
 Numa ação meio forçada
 Lula, que era o favorito
 Foi preso numa jogada
 De Sérgio Moro, de fato
 Foi dentro da Lava Jato
 A operação deflagrada

Assim foi pra Curitiba
 Eleição, sem um dos dois
 O caminho ficou livre
 Para o rival que se pôs
 A prisão é irregular
 Como se veio notar
 No STF depois

PT tentou com Haddad
 Junto com PCdoB
 Manuela era sua vice
 Não tinham como vencer
 Porque a extrema direita
 Mentiu muito e foi aceita
 Findou ganhando o poder

Também foi favorecido
 Por infeliz incidente
 Facada em Juiz de Fora
 No meio da sua gente
 Pro Brasil custou bem caro
 Pois ajudou Bolsonaro
 A se tornar presidente

Outro atentado que teve
 Foi muito mais revoltante
 Marielle Franco foi morta
 Por tiros uns meses antes
 Vereadora do Rio
 E a polícia não seguiu
 Atrás de quem foi mandante

Vereadora do PSOL
 Mulher negra empoderada
 Vindo de origem humilde
 Por certo ela incomodava
 O que até hoje incomoda
 É gente vil poderosa
 O crime não dá em nada?

Também teve um grande incêndio
 Lá no Museu Nacional
 Mostrando o quanto a cultura
 É tratada por banal
 Muito reparo adiado
 Eis então o resultado
 Com esse triste final

Neste ano duas mortes
 Na área do entrenimento
 Um, Stephen Hillenburg
 Tu não conhece? Um momento
 Seu desenho é sensação
 Do Bob Esponja, então,
 Você tem conhecimento?

O outro é mais conhecido
 Criou um mundo em si
 De heróis os mais variados
 Para a todos divertir
 Homem-Aranha, X-Men
 Pois partiu para o além
 Adeus, saudoso Stan Lee!

Enquanto isso, Canadá
 Sempre avançado e ativo
 Aprovou lei pra maconha
 Em uso recreativo
 Mas uso medicinal
 Há muito já era legal
 2001, diz o arquivo

Esse ano também, na Rússia
 A Copa trouxe esperança
 Não foi a vez do Brasil
 Nas quartas saiu da dança
 Croécia 2, França 4
 Chegou no bicampeonato
 No ano a seleção da França

Mas lá na Venezuela
 Com crise ano após ano
 Foi criada outra moeda
 O Bolívar Soberano
 Será que vai resolver?
 O tempo é que vai dizer
 Se vai dar certo esse plano

Na Índia, um monumento
 Traz a grande novidade
 Uma estátua inaugurada
 A Estátua da Unidade
 Chegou, virando ligeiro
 A maior do mundo inteiro
 Pense numa enormidade!

Falei mais cedo de avanço
 Também é pra se aplaudir
 Quem vivia num passado
 Distante, dói até ouvir
 Agora, tu acredita
 Lá na Arábia Saudita
 Mulher pode dirigir!?

Assim termino o cordel
 Falando da realidade
 Espero nesses meus versos
 Ter feito algo que agrade
 Pois então vou dar no pé
 Paz e cultura! E até
 Uma outra oportunidade

— Cárlisson Bardo

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